Nós sugerimos

Pintarriscos

http://pintarriscos.blogspot.com/


Pintarriscos é um blogue que realmente encanta com a sua originalidade. Dirigido por Paulo Galindro, lincenciado em arquitectura e por Natalia Cóias, Educadora de Infância.
Entre as várias páginas do blogue podemos encontrar variadas ofertas, tais como, ilustrações, fotografias, ideias para pintura de paredes , etc.
Existe ainda a loja online do pintarriscos (acabadinha de abrir) e poderão ter acesso a ela a partir de http://lojadopintarriscos.blogspot.com, nela terão a possibilidade de adquirir os seus produtos.

Alguns livros ilustrados por estes dois artistas:
- A Poupa Poupada Orlando Strecht-Ribeiro, António Almeida
- O tubarão na banheira David Machado
- Chiu! Mafalda Milhões

Entre outros ...


_____________________________________________________________________

Querido mudei a casa!


Emissão 907- Especial "Casa do Gaiato"

"Casa do Gaiato, uma instituição que acolhe, educa e integra, na sociedade, crianças e jovens que, por qualquer motivo, se viram privados de meio familiar normal. (...)
Estas crianças não têm espaço para nada e até usam as escadas de acesso para os quartos, como sapateira, onde dispõem os sapatos pelas escadas. A casa de banho, é comum para todas as crianças e só existe uma banheira, revezando os banhos entre os meninos.(...) "
Antes



Depois









        _____________________________________________________________________________



 Ser Voluntário


O Voluntariado ao serviço de uma causa: "Porta Solidária"

É bela e longa a tradição de vivência da caridade na Paróquia da Senhora da Conceição, no Porto.
A "Ceia de Natal da Igreja do Marquês" com os sem-abrigo é uma experiência, onde  pessoas tomam iniciativa e com orgulho e generosidade ajudam uma comunidade mais desfavorecida, com a dedicação do voluntário, com um bom ambiente e um bom grupo de ajudantes, tudo se torna mais fácil na consoada.

"Contudo, as duas últimas ceias deixaram algumas marcas e significativas inquietações: havia mais qualquer coisa para fazer...Até porque as dificuldades dos tempos de uma crise que estava - e continua - a atacar em força, faziam despoletar o número de pedidos de ajuda: crianças, famílias a viver em pensões pagas pela Segurança Social, grávidas, idosos, novos pobres (pessoas vitimadas pelo desemprego ou pelo endividamento excessivo) e sem-abrigo. Não era um fenómeno exclusivamente local, mas ganhava particulares dimensões ali, naquela zona da cidade do Porto, pediam-se alimentos e esperavam-se gestos de caridade activa e próxima."

Liderado pelo pároco, Rubens Marques, o Centro Paroquial da Senhora da Conceição, que já promovia a Ceia de Natal, não recuou perante os novos desafios e fez-se ao largo: lançou as redes à Escola Superior de Educação Paula Frassinetti e ao Centro de Caridade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Com estas Instituições criou uma Liga de Amigos onde pontificam, entre muitos outros, a Cáritas Diocesana do Porto, o Banco Alimentar contra a Fome, o Colégio da Nossa Senhora da Paz, o Hospital de Santa Maria e várias confeitarias e padarias da zona envolvente do Marquês. Entretanto, foi instalada a "Caixa da Caridade - ofertas em dinheiro" na Igreja do Marquês. Multiplicaram-se os contributos, associaram-se os voluntários e criaram-se as condições.

O nome é sugestivo: "Porta Solidária" . Nada de concorrências:
é uma alternativa às rondas dos sem-abrigo realizadas por outras Instituições, pois ali há sempre um espaço coberto, confortável, com mesas, cadeiras e condições para conviver.

A ocasião para abrir a " Porta" não podia ser melhor: o início da Quaresma (dia 26 de Fevereiro de 2009).
Naquele dia, cerca de quarenta pessoas procuraram uma refeição (para alguns, talvez, a única do dia).

Uns passam a mensagem a outros. Hoje, em média, já são mais de cento e setenta os que ali acorrem diariamente.Por vezes, até ultrapassam os 240. A todos é assegurado que a " Porta" estará solidariamente aberta de Segunda a Sexta, entre as 18.00 e as 20.30 horas, para serem servidas refeições em dois turnos. Para além da bem confeccionada sopa, também há pão, bolos e uma merenda que muitos levam para casa.

Mas não só, porque se criaram mais serviços:com o apoio da Escola Superior de Enfermagem da Universidade Católica, de Terça a Quinta, são prestados Serviços de Enfermagem.E como está a aumentar e a diversificar-se o número de voluntários regulares, que já atinge os 130 (alguns mais flutuantes que perseverantes), também é assegurado oportuno apoio psicológico a uma população tão carecida de quem a ouça e de quem lhe proporcione um ombro amigo.

Vislumbram-se novos passos para" Porta Solidária", como Campanhas para fazer crescer o número de voluntários e diversificar ainda mais a envolvência dos Serviços, criando redes de pessoas e/ou
instituições que possam doar géneros alimentares para a confecção da sopa ou para a merenda entregue á saída,constituindo aquilo a que chamam "Despensa Solidária".

Ali, também na Senhora da Conceição, o Voluntariado é vivência, é um serviço, é uma causa, Com que muitos e todos beneficiam!


                                                                         Pe. Lino Maia
                                                                              CNIS




 As novas cruzadas do Voluntariado

"Cruzada de Bem Fazer de Campanhã" nasceu em Dezembro de 1958. Naquele tempo, as tabernas e casas de pasto eram locais de reunião, especialmente nas zonas onde existiam bairros de operários e "ilhas". Lá apareciam grupos de excursionistas, de recreio, de cultura, teatro e desporto, "caixas de vinte amigos", entre outros. Todas estas colectividades tinham um cariz de solidariedade e ajuda entre vizinhos. Numa dessas tabernas, a "Casa Francisco", situada na Rua Justino Teixeira, 27 - junto à estação de Campanhã - apareceu um grupo de amigos de St. Ildefonso a pedir donativos a outros amigos, destinados a juntar uns tostões para vestir os miúdos da zona. Surgiu, então, uma "resposta" inesperada de um dos elementos abordados: "Eu só dou se formos nós a fundar uma Cruzada em Campanhã".

Desde então, a Cruzada Bem fazer de Campanhã não mais parou. Recebemos donativos do comércio e indústria local, fizemos peditórios pelos vizinhos, sócios ou não. Criavam-se as condições. Sinalizadas as pessoas que precisavam de ajuda, procedia-se a mais uma entrega de vestuário.Quando havia condições económicas, também se distribuíam "Bodos de Natal".

Por volta do ano de 2000, celebrámos um protocolo com a AMI para a distribuição de alimentos a famílias carenciadas - Programa Comunitário de Apoio Alimentar a Carenciados (PCAAC). Simultaneamente, apresentámos uma candidatura à Segurança Social para a concessão do estatuto de IPSS, que nos foi atribuído em 2002.
Entretanto, subscrevemos protocolos com a Junta de Freguesia de Campanhã, o que nos permitiu reforçar os auxílios às famílias no âmbito da acção social.

Em 2009, reconhecendo as dificuldades acrescidas das famílias desta Freguesia, solicitámos à Autarquia a cedência da cozinha do Centro Social, para podermos confeccionar sopa e distribuí-la às famílias e idosos que dela necessitassem. Esta ideia foi acolhida, de imediato, pelo Executivo, que a apadrinhou.

A nossa intenção foi sempre a de oferecer a sopa às pessoas para que, em família e nas suas casas, pudessem continuar a partilhar as refeições.

A meta inicial foi a da entrega diária de 50 sopas (excepto aos domingos) com a colaboração de cerca de 20 voluntários, entre os 15 e os 74 anos.Iniciámos a entrega a 30 de Março de 2009. Quando avaliámos a actividade, decorridos três meses, verificámos que as solicitações surgiam, maioritariamente, de famílias numerosas, onde predominavam crianças. Neste sentido, e tendo em conta as limitações estruturais, físicas, humanas e económicas, alargámos a entrega. Actualmente são distribuídas 94 sopas diárias, pelo que, após um ano de existência, já ultrapassámos as 15 mil sopas.

Após a avaliação da nossa acção, propomos-nos agora, atingir um novo objectivo: fazer chegar a nossa "sopa" ao domicilio dos mais idosos que dela carecem, que muitas vezes não tem condições físicas e/ou financeiras para se deslocar à cozinha do Centro Social de Campanhã, mais uma vez contando "apenas" com voluntários.

António Campos
Presidente da Cruzada de Bem Fazer de Campanhã


Voluntariado em meio prisional

Saber oferecer e receber segundas oportunidades

Cometeram um crime contra a sociedade e estão a pagar por ele. E, se em muitos casos, o castigo não compensa, em outros tantos, a reinserção social é possível, a par da atenuação das condições dramáticas em que muitos reclusos vivem enquanto cumprem a sua pena. É com este espírito que a Cruz Vermelha Portuguesa, em conjunto com a Direcção Geral dos Serviços Prisionais, renovou um protocolo de colaboração iniciado em 2008, explicado ao VER por Paulo Baptista, coordenador do Projecto de Apoio à População Prisional
Para ler esta entrevista aceda ao Site - http://www.ver.pt


Núcleo de Voluntariado de Proximidade de Arraiolos

A criação e dinamização de Núcleos de Voluntariado de Proximidade (NVP) teve por base o projecto Orientar, Servir e Apoiar: Promover a Conciliação da Vida Familiar e Profissional, financiado pelo PIC EQUAL cuja entidade interlocutora é a Fundação Eugénio de Almeida, sendo um dos parceiros da disseminação do projecto o Agrupamento Monte, com sede em Arraiolos.

A organização de Voluntariado de Proximidade, distingue-se essencialmente pelas referências territoriais comuns entre o voluntário que presta o apoio e a pessoa que recebe o apoio, na medida em que ambos residem ou trabalham na mesma área geográfica (ex. freguesia ou bairro). Uma estrutura de entreajuda  estruturada, como um Núcleo de Voluntariado de Proximidade, procura colmatar os efeitos da dispersão cada vez maior das redes de solidariedade informal (ex. familiares e de vizinhança) e a consequente incapacidade das instituições para responderem a todas as necessidades de apoio pessoal e social, promovendo o reforço das relações de proximidade, confiança e apoio mútuo dentro de uma comunidade.

Foi neste contexto e com este espírito que nasceu, em 2008, o Núcleo de Voluntariado de Proximidade de Arraiolos (NVPA) que constituiu uma parceria com as seguintes entidades: Agrupamento de Escolas de Arraiolos; Associação Humanitária Bombeiros Voluntários de Arraiolos; Centro Infantil Augusto Piteira; Centro de Saúde de Arraiolos; Centro Social e Paroquial de Arraiolos; Junta de Freguesia de Arraiolos; Município de Arraiolos; Posto da GNR de Arraiolos; Santa Casa da Misericórdia de Arraiolos.

O NVPA conta com 20 voluntários inscritos. O serviço prestado pelos voluntários à comunidade tem vindo a crescer e concretiza-se em actividades diversas: campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar, apoio aos visitantes da "Festa Sénior” (evento anual com a duração de uma semana), apoio a alunos com necessidades educativas especiais que têm acompanhamento de professores das escolas, bem como o acompanhamento das actividades dos mais novos nas piscinas municipais.

Para mais informações sobre o NVPA, consulte a  página em www.monte-ace.pt

Paula Santos
Técnica do Projecto do NVPA



CVP - Os voluntários são a alma do Movimento

A Cruz Vermelha é a maior organização humanitária internacional. Actua no terreno, directamente com as populações, a partir de um diagnóstico local de necessidades, nas áreas da saúde, acção social, emergência, ensino, formação e cooperação internacional.

Há 150 anos, no dia 24 de Junho, deu-se a Batalha de Solferino. O sofrimento humano testemunhado por Henry Dunant levou-o a reunir encoraja a disponibilidade de pessoas que desejem, voluntariamente, colaborar com a Instituição. O Voluntariado assume, neste contexto, uma posição de suma importância, transversal a toda a actuação da Cruz Vermelha, fazendo parte de projectos, acções e advocacia de causas.

O Voluntariado é um dos sete Princípios Fundamentais do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, expressão do exercício livre de uma cidadania plena e solidária.

Sob o lema “Youth on the move – Fazer mais. Fazer melhor. Ir mais longe”, 300 representantes da juventude Cruz Vermelha e Crescente Vermelho juntaram-se em Solferino, entre os dia 23 e 28 de Junho, para trocarem ideias, partilharem experiências e projectarem o futuro, participando na grande comemoração de Solferino.

Estiveram presentes vários voluntários portugueses neste encontro mundial e nos eventos associados, de que destacamos a Fiacolatta que contou, este ano, com cerca de 15 000 pessoas.

Foi lançada, no dia 8 de Maio, a campanha “O nosso mundo. A sua acção.” (www.ourworld-yourmove.org), como parte integrante das comemorações globais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho: Esta campanha, que se desenvolverá de 2009 a 2011, é essencialmente um apelo para agir, face aos actuais desafios humanitários – conflitos, consequências das alterações climáticas, pobreza, migrações, violência, insegurança alimentar, emergências de saúde pública, entre tantos outros – pois deve existir uma responsabilidade partilhada para fazer do mundo um local melhor.

Em jeito de conclusão, gostaria de citar o nosso Presidente Nacional, Dr. Luís Barbosa: “Não podemos ficar indiferentes, pois o nosso mundo enfrenta hoje desafios extraordinários que estão a ameaçar a Humanidade. Está nas mãos de todos nós, a todos níveis, dar uma resposta e tornar o mundo um local melhor para viver.”

Cristina Louro
Vice-Presidente Nacional
Acção Social e Voluntariado


Projecto de Voluntariado na Fundação Bonfim

A Fundação Bonfim desenvolve desde 2002, de uma forma estruturada, projectos de voluntariado em parceria com outras organizações públicas e privadas, nacionais e internacionais.

Os projectos têm vindo a crescer há medida que organizamos e definimos de uma forma estratégica as linhas orientadoras da instituição. Faz parte da cultura organizacional a colaboração de voluntários nas diversas valências e têm-se criado estruturas e dinâmicas que possibilitem o desenvolvimento desta área.

No sentido de optimizar recursos, elaboramos um fluxograma simples relativo ao processo de voluntariado na instituição. Este descreve os procedimentos e medidas a tomar quando um voluntário se dirige à instituição para colaborar. Esta acção permite-nos saber como encaminhar o voluntário e os passos a tomar para que se inicie o projecto.

O voluntário ao estabelecer contacto com a instituição recebe uma ficha de candidatura para preenchimento e uma listagem de projectos de voluntariado onde se poderá integrar. Findo este processo, a ficha de candidatura segue para o coordenador do projecto seleccionado e este deve contactar o voluntário a fim de marcar entrevista. Na entrevista são abordados temas como: disponibilidade, compromisso, intenções, objectivos/alvos pessoais, expectativas, experiência e condições.Após a entrevista o voluntário, se aceitar, inicia a sua colaboração.

Actualmente, a Fundação Bonfim desenvolve 7 projectos de voluntariado:

Na valência de acolhimento de crianças de risco – Mini lares para Irmãos:

1. Projecto de “Apoio a crianças de risco”
Acompanhamento das actividades escolares, explicações, promoção da aprendizagem através da ludicidade; ocupação dos tempos livres.
2. “Famílias Amigas”
Dar suporte ao acolhimento de crianças nos fins-de-semana, férias e feriados; proporcionar à criança um ambiente saudável no seio de uma família, promovendo relações de afecto e segurança com as mesmas; promover a aquisição de novos modelos familiares.
3. “Voluntários estrangeiros” de apoio a crianças de risco
Intercâmbio de voluntários alemães (oriundos de uma organização cristã alemã), apoiando em diferentes tarefas: promoção de actividades de recreação e lazer; ajuda nas tarefas domésticas do mini ar e colaboração nos momentos de higiene e alimentação das crianças.

Nas valências de Creche | Jardim-de-infância | ATL Em cooperação com o IPJ, no âmbito dos Projectos de Serviço Voluntário Europeu:

1. Projecto “Crescer e Conhecer”
Desenvolver actividades lúdico-recreativas com as crianças e jovens; apoiar nos trabalhos escolares; apoiar nos transportes das crianças; apoiar na rotina diária do ATL.
2. Projecto “Crescer com a música”
Tocar um instrumento; realizar jogos com música; explorar sons, ritmos e instrumentos com as crianças; criar movimentos novos ao som de música; cantar canções típicas do país de origem; promover apresentações públicas nas actividades de festas especiais; criar e construir os instrumentos com materiais reciclados.

Nas valências da terceira idade – Centro de Dia | Apoio Domiciliário: Em cooperação com o IPJ, no âmbito dos Projectos de Voluntariado jovem:

1. “Projecto Envelhecer com Arte”
Realizar actividades de animação e ocupação de tempos livres; Realizar actividades nos ateliers já existentes; Coordenar outros ateliers propostos; organizar saídas e visitas.
2. “Projecto Amor em Acção”
Ajudar os idosos nas suas actividades de vida diária básicas e/ou instrumentais no domicílio; Estar o idoso fazendo-lhe companhia, conversando e passeando; Realização de actividades lúdicas e recreativas no domicílio.

O voluntariado na Fundação Bonfim é encarado sempre como uma aposta na qualidade e num leque mais completo de serviços prestados aos idosos e crianças/jovens. Sabemos que o futuro aponta para uma sociedade mais justa e equitativa onde cabe a cada um participar de alguma forma em prol do bem comum. O desenvolvimento do voluntariado e da consciência da utilização do tempo livre de forma útil à sociedade e aos outros é um ponto de partida que começa já a desabrochar em Portugal.

“Faço voluntariado, em primeiro lugar porque queria crescer interior e profissionalmente e em segundo lugar porque queria aproveitar o tempo livre com actividades úteis para os outros.”
Adriana Lemos, 21 anos, voluntária no projecto "Amor em Acção”

Raquel Polónia
Fundação Bonfim


Juntos, Limpámos Portugal

Só eu sei porque não fiquei em casa…

Em meados de Junho de 2009, o Nuno Mendes (Terracota) divulgou, no fórum do “LandMania” Clube de Portugal, um vídeo do “YouTube” onde se podia ver uma operação de limpeza levada a cabo, em Maio de 2008, pelos cidadãos da Estónia.

Imediatamente surgiu a ideia de se fazer algo semelhante em Portugal, por intermédio do clube, já habituado a acções de carácter humanitário e, logo a ele se juntaram o Paulo Torres e Rui Marinho, seguindo-se muitos outros…

No entanto, ao criar a rede social para o efeito, depressa se percebeu que tal projecto ultrapassaria, em muito, o âmbito do LandMania. E, assim foi. Assistiu-se a uma das maiores mobilizações colectivas de sempre em torno de uma causa ambiental.

Passados oito meses de preparação, a 20 de Março de 2010, o Projecto Limpar Portugal trazia para as matas do País mais de 100.000 pessoas que, debaixo de uma chuva impiedosa, em grande parte do país, retiraram das mesmas mais de 50.000 toneladas de depósitos ilegais, lixos de toda a espécie e inertes. De notar que cerca de 20% destes resíduos foram encaminhados para processos de valorização ou reciclagem.

Nunca em Portugal, ou mesmo em qualquer outro local do mundo, se havia visto tal mobilização de cidadãos em volta de uma causa ambiental.

Para este resultado muito contribuíram os muitos (cerca de 280) coordenadores concelhios, eleitos (ou simplesmente nomeados) localmente, ao leme das muitas acções que “mexeram” com todos os portugueses. No dia da limpeza, grandes grupos de voluntários, escuteiros, grupos de jovens, clubes TT, funcionários camarários, escolas, agremiações desportivas, algumas empresas e outras instituições, deram as mãos por esta causa. O Presidente da Republica – Aníbal Cavaco Silva, a Ministra do Ambiente – Dulce Pássaro, o Secretário de Estado do Ambiente – Humberto Rosa, e, muitos outros, foram vistos por todo o País a colaborar nas operações de limpeza, numa grande manifestação de civismo e cidadania activa.

Agora, todos os portugueses encontram Portugal mais limpo, ficando a sensação de que valeu a pena sair de casa e fazer qualquer coisa plausível pelo planeta. Hoje, Portugal é um país mais bonito. Vamos continuar a Limpar Portugal…

"Juntos, limpámos Portugal num dia. Agora, vamos manter Portugal limpo!"

Rui Marinho
Coordenador Nacional



Voluntariado com animais preenche férias solidárias
Alguns jovens abdicam das suas férias de Verão para ajudarem animais selvagens a recuperar. No CERAS, em Castelo Branco, os voluntários alimentam, limpam e tratam os animais feridos que são levados ao centro pelos habitantes ou pela GNR.


ONG Infância Acção: o voluntariado em Santa Maria

O Ecolândia de hoje trata das ONGs e movimentos sociais que lutam pela defesa do meio ambiente. Porém, esses não são os únicos tipos de ONGs que existem. Há também outras ONGs que atentam a questões tão importantes quanto à do meio ambiente."
Em Santa Maria, por exemplo, existem ONGs que auxiliam as pessoas carentes do município. E é a história de uma dessas organizações que contarei no “A Cidade” de hoje.
Em 2007, um grupo de amigos e acadêmicos da UFSM reuniu-se e juntou as ideias que dariam origem a uma das mais importantes organizações sociais de Santa Maria: a ONG Infância Acção.
A “INFÂNCIA ACÇÃO” deu início a suas actividades com o projecto “Fazendo Rir”. 

O projecto foi realizado na ala pediátrica do Hospital Universitário de Santa Maria em fevereiro de 2007. Depois do “Fazendo Rir”, vários outros projectos foram colocados em prática nas creches e escolas públicas da cidade.

O trabalho na INFÂNCIA ACÇÃO é realizado por estudantes voluntários, que doam um pouco do seu tempo e do seu conhecimento para as crianças carentes de Santa Maria.
Por não ter vínculos com o governo, a INFÂNCIA ACÇÃO não dispõe de renda fixa para realizar  o projetos. Para dar continuidade às suas acções, a Organização precisa firmar parcerias com empresas e instituições da cidade.

Em parceria com a Objetiva Júnior, a Infância Acção participou, em 2008 e 2009, do ‘El Dia’, que é o  solidário da UFSM. Por meio dessa parceria, a Organização recebeu materiais de limpeza, alimentos e materiais escolares que foram arrecadados pelos caloiros da Universidade. As doações foram repassadas para instituições de auxílio às crianças carentes de Santa Maria.
Nos três anos de existência, a INFÂNCIA ACÇÃO desenvolveu projectos como o já citado “fazendo rir”, o “Materializando”, para arrecadar materiais escolares e o “Integrar”, que é uma parceria com outras instituições de apoio à criança da cidade.

Há também outros projetos como a Turma do Chiquinho, que tem o objetivo de ensinar através da recreação, o projeto “Escova-Ação”, em parceria com estudantes de odontologia da UFSM e também o “Clubinho de Línguas”, que ensina línguas estrangeiras às crianças

No pouco tempo de existência da ONG Infância Acção, já ganhou o reconhecimento e o respeito da sociedade santa-mariense. A partir de iniciativas como a da INFÂNCIA ACÇÃO, o voluntariado tem crescido em Santa Maria. Nós, da equipe Ecolândia, desejamos que a Infância-Acção persista e continue de modo a ajudar as crianças de Santa Maria por muito tempo.